.. Últimos Dias (Ou Anos) de Dor ..
[...] Bem-vindos novamente pessoal ao meu blog. Ultimamente estive em alguns momentos que o meu coração denominou como ''felizes'' mas o meu pensamento sempre esteve a desconfiar.
Antes de prosseguir quero agradecer á(s) minha(s) Psicóloga(s) Samille Tsutsumi,Roberta e a minha assistente Social Paula por toda a ajuda que elas tem me dado durante todos esses dias de tristeza e agonia. Também á todos da Oficina de Eletromecânica Primos,aqui em Ananindeua,por fazerem parte do meu coração como uma fonte de felicidade para mim,para o meu corpo e o meu espírito.
Agora vamos ao que interessa né?
Bom,nesses dias que se passaram tudo estava normal,de manhã eu ficava em casa,meio-dia o pai ia em casa para ver se eu já tinha almoçado,o que eu havia feito e não feito em casa e descansar para poder ir pro trabalho de novo,de tarde íamos para a oficina e de noite,na maioria dos dias,eu ia pra igreja na rua de casa,quando eu não estava muito cansado.
Com o passar dos dias,como eu havia dito,o meu coração denominou esses momentos passados como ''felizes'',mas obviamente o meu pensamento sempre vinha a desconfiar,pensando então em tudo o que ele (O meu pai) havia feito comigo no passado e ao que toda a minha família tem feito comigo para me tornarem no que sou hoje. Mas então o meu pensamento veio a ter razão quando chegou o domingo (08 de Julho). De manhã eu acordei era 11:30,já bem na hora do almoço. Me alevantei,fui direto pra cozinha com o intuito de tomar café,mesmo estando tarde pra fazer isso. O pai estava sentado na cadeira assistindo televisão,e a dona maria também (ela estava lá,como todo fim de semana ela faz). eu logo me sentei também,olhei pra vasilha de pão,pensei em pegar um copo no armário para tomar café mas não quis tomar. Preferi esperar o almoço.
O meu pai foi lá pro quintal,a dona maria foi terminar de fazer o almoço e eu fiquei assistindo tv.
Almoçamos e o meu pai foi dormir e a dona maria também,e eu lá na cozinha assistindo tv.
Passando-se as horas eu resolvi logo me arrumar pra ir pra igreja: Fui tomar banho,vesti a minha calça,camisa de manga comprida,calçei meus sapatos,me arrumei todo e fui pra lá,ficando só o pai e a dona maria em casa. Enquanto isso eu não sabia o que estava acontecendo em casa,lógico que pra mim não estava acontecendo nada até então.
Terminado o culto,voltei pra casa. A dona maria já tinha ido embora e o pai estava deitado na rede na sala assistindo tv. eu fui pra cozinha jantar e assistir tv. o pai desligou a tv na sala e foi no banheiro e depois foi se deitar.Quando deu meia-noite eu fui me deitar.
Na segunda de manhã era de minha preferência acordar tarde,umas 9 horas,mas eu fui acordado com o meu pai batendo forte na porta do meu quarto. Eu logo me levantei,abri a porta e fui ver o que ele queria.
- Tu não vai pra psicóloga? Ele perguntou.
- Não. É quarta-feira que eu vou lá. Eu disse.
Ele terminou de se arrumar e foi pra oficina.
Meio-dia e meia ele foi pra casa com o Gustavo. Eu esquentei o meu almoço e fui almoçar. O Gustavo veio pedir o meu telefone emprestado,como ele sempre veio fazendo todos os dias [..].
Eu almoçei, o Gustavo foi se deitar na sala pra descansar um pouco (depois de me devolver o meu celular),o pai também foi se deitar no quarto e eu fui tomar banho pra ir pra oficina. Quando deu 1:15 eu me arrumei,o gustavo se alevantou e foi pra oficina e o pai se alevantou e foi tomar banho. Enquanto isso eu penteava o meu cabelo e pegava o meu celular e outras coisas pra levar pra oficina. Depois do pai tomar banho e antes da gente ir pra oficina ele me chamou na cozinha e disse:
-Quando tu foi pra essa psicóloga ela te disse que ela queria falar comigo rapaz? Ele perguntou.
(Eu fiquei calado todo o tempo)
-Rapaz se ela mandar me chamar lá tu tem que me dizer rapaz. tu tá me ouvindo? Não é pra tu ficar dizendo essas coisas pra todo mundo,né,tu não faz isso? hein? responde rapaz!
(eu fiquei olhando ele sério)
-não me olha desse jeito rapaz! (Ele ficou me olhando sério,com o olho arregalado)
(Eu fui pro quarto)
-[...] *eu disse pra ele livrar a minha barra,ele fica me condenando aí. o que é,o que é,o que é rapaz? Quando esse camarada vier aí,presta atenção! Não empresta mais o teu celular pra ele,não empresta,não é isso que tu quer [...]!? não empresta,né.celular não é pra emprestar. Fica com um negócio. Porra,tu é alguma marica caralho!? Tu me poupa,tem que me poupar rapaz. Me trata sério,me trata com respeito! [...]
Eu fiquei o tempo todo olhando pra ele,do mesmo jeito que olho pra ele,sério sem falar nada.
ele acha que eu sou burro,que estou nas mãos dele,que ele pode fazer o que bem entende comigo,mas o buraco é mais em baixo.
Eu tenho muitas cartas na manga. Eu quero me livrar disso. Me livrar desse peso que existe no meu coração,dessa dor que eu sinto sempre que estou perto de algum amigo meu,que até disso ele fica desconfiado.
Eu só vou falar e confirmar tudo o que sei desse homem que,infelizmente,é o meu pai quando eu estiver no ministério público. Eu não sou mais uma criança. Ele que pense isso que ele vai ver com quantos paus se faz uma canoa!
Ele que espere feliz e tranquilo..
O grande dia vai chegar!
Gabriel Santos Conceição